

Minha vida mudou. Desobedeci à chamada ordem natural das coisas e troquei sacanamente o mamilo de Dona Mariucha pelas coxas sacras e demoníacas da atriz italiana. Ela me olhava também daquele Pôster do tio. Nunca fui desses que amam sem ser amado. Precisaria ser enganado nesse sentido (o que, aliás, sempre acontece). Então.
Daquele dia em diante abri mão de mamãe como obscuro objeto de meu proibido desejo, e fechei a mão sobre o como diz Lula companheiro penis em direção à Sophia. Tal obsessão preencheria todos os espaços de meu desejo.

Passei a vida procurando o sacrossanto protótipo fingindo principalmente mentindo para mim mesmo que andava à cata e à espreita das virtudes.
Cheguei a amar mulheres porque se assemelhavam a ela. E rejeitá-las por não ser ela.
Todo o desejo verdadeiro é esquizofrênico. Ignora a razão e capricha no tesão.
Um dia Muito Especial, quando conheci a inveja bem de perto...

Todos os habitantes de uma casa de cômodos foram para a praça ver o fantástico idiota passar desfilar.
Só ficaram no imenso e pobre condomínio, Marcello Mastroianni em sua própria quitinete dois andares de escada acima (no papel não sei de quem). E quem mais? Vocês já sabem.

Mas que nada
Rejeitou-a.
Ela ficou nuazinha na frente dele
Eu morri na cadeira do cinema
E jamais ressuscitei...
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