segunda-feira, 15 de junho de 2009

O regime Frescobol

Já imaginaram um jogo em que não há vencedor ou perdedor? Sequer o empate ocorre? Além do mais em tal modalidade, como diz o jornalista Pedro Maia, de porfia cada adversário esforça-se para facilitar o jogo do outro.

Isso mesmo, minha senhora, é o frescobol. Quem não conhece aquele bate-bola na praia em que duas pessoas passam horas batendo e rebatendo com raquetes de madeira uma bolinha pra lá e pra cá, pra cá e pra lá

Pois então.

Distinto público nada mais parecido com a relação entre os três poderes do Brasil. O Executivo, o Legislativo e o Judiciário, justiça seja feita, inventaram o frescobol a três. Cada um com suas raquetes cravejadas de ouro facilitam a bolinha do outro. Uma graça.

Assim é que todas as greves no Executivo são julgadas ilegais pelo Judiciário. As auto-apurações das roubalheiras legislativas são aparadas com carinho pelo Executivo, que devolve a bola, sempre com a vista complacente dos três.

Agorinha mesmo, enquanto petistas de última hora que impregnam as repartições públicas, já que são ternos e fiéis cabos eleitorais pagos com dinheiro público, praticam verdadeiros assédios moral contra servidores concursados. Sabemos, por exemplo, que um neto semialfabetizado de José Sarney – que agora é lulista desde criancinha – entrou janela adentro com um salário absurdo no chamada nepotismo cruzado no gabinete de Cafeteira, que devia estar fazendo café e não pilotando a nação.

O governo devendo horrores a seus funcionários verdadeiros nega os reajustes, apoiado pelo sistema frescobol, enquanto entram janela adentro apadrinhados de todos os credos, cores e religiões. Diante do caos tudo parece lógico: até a cota racista de negros para as universidades.

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